
"Por um momento eu me perdi no brilho de seus olhos castanhos e, hipnotizada passei a mão pelo seu rosto na tentativa de decorar cada traço dele, então ele sorriu e eu ri com o seu sorriso.
- Você tem o sorriso de um vilão de filme de faroeste! – me permiti dizer no que ele fez uma careta.
- Por quê? – perguntou.
- Porque tem e ponto! – respondi rindo no que o sorriso de vilão de faroeste se intensificou em seu rosto.
- Neste caso, vou me vingar do mocinho me aproveitando da mocinha! – disse e afundou o rosto nos meus cabelos me beijando no pescoço. Eu ri.
- Está perdendo seu tempo comigo caubói, eu não sou a mocinha... – disse inocentemente no que ele riu.
- Sempre preferi as vilãs. – e voltou a me beijar no pescoço.
E foi neste momento em que eu parei para pensar no que estava fazendo e quem estava beijando. E que eu estava traindo a todos, menos as minhas próprias vontades.
E foi ai que eu descobri que eu era a vilã.
E que eu tinha evitado pensar nisso por toda a minha vida."
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